Saturday, November 22, 2008

"A Linguagem do coração é universal, só é preciso sensibilidade para entendê-la"

Charles Pinot Duclos

Thursday, November 20, 2008

Grace Metalious Translation

David shrugged. "You won't like it, Allison. I'm sure you won't"
"Maybe not, David, but I've got to find out for myself. I want every experience that's offered me - or just about."
"I'm only thinking of you," David said. "Wait until they start ripping your book to pieces. You'll feel differently then. You won't be able to stand it. Nobody could."
"I don't have your sensitive, artistic soul," said Allison. "As far as I'm concerned, all I want for Samuel's Castle is another forty weeks on its lists. And after what they paid me for the picture rights, they can do anything they damned well please with it."
"I just don't want you to be hurt," said David quietly, and Allison was suddenly ashamed.
"I know it, David," she said contritely. "But I have to find out for myself."
"Let me hear from you," said David.
"Yes," said Allison. I'll 'phone you. With the studio paying my hotel bills, I'll be able to do it with a clear conscience."
David smiled. "You've changed a lot, Allison. But basically you're still the little girl from Peyton Place, still keeping your conscience clear. I don't think you could change that part of you if you submitted to surgery."
Grace Metalious
David encolheu os ombros. “Tu não vais gostar, Allison. Tenho a certeza que não.”
“Talvez não, David, mas eu tenho que descobrir isso por mim própria. Eu quero todas as experiências que me são oferecidas – ou quase todas.”
“Eu só estou a pensar em ti,” disse David. “Espera até eles começarem a rasgar o teu livro em pedaços. Depois irás sentir-te diferente. Não vais conseguir aguentá-lo. Ninguém consegue.”
“Eu não tenho a tua alma sensível e artística,” disse Allison. “No que me diz respeito, só estou interessada em ter o Samuel’s Castle mais quarenta semanas nas listas deles. E depois daquilo que me pagaram pelos direitos de autor, podem fazer o que raios quiserem com ele.”
"Eu só não quero que te magoes," disse David calmamente, e a Allison subitamente ficou envergonhada.
"Eu sei disso, David," ela disse pesarosamente. "Mas eu tenho que descobrir por mim própria."
“Vai dando notícias tuas,” disse David.
“Sim,” disse Allison. “Eu telefono-te. Com o estúdio a pagar as minhas contas do hotel, eu poderei fazê-lo de consciência tranquila.”
David sorriu. “Mudaste tanto, Allison. Mas basicamente ainda és a menina pequenina de Peyton Place, ainda a manter a consciência tranquila. Não me parece que conseguirias mudar essa parte de ti se te submetesses a cirurgia.”
Jorge Correia Orfão

D.H. Lawrence Translation

There was a letter from Hilda on the breakfast tray. "Father is going to London this week, and I shall call for you on Thursday week, June 17th. You must be ready so that we can go at once. I don't want to waste time at Wragby, it's an awful place. I shall probably stay the night at Redford with the Colemans, I should be with your for lunch Thursady. Then we could start at tea-time, sand sleep perhaps in Grantham. It is no use our spending an evening with Clifford. If he hates you going, it would be no pleasure to him."
So! She was being pushed round on the chess board again. Clifford hated her going, but it was only because he didn't feel safe in her absence. Her presence, for some reason, made him feel safe, and free to do the things he was occupied with. He was a great deal at the pits, and wrestling in spirit with the almost hopeless problems of getting out his coal in the most economical fashion, and then selling it when he'd got it out. He knew he ought to find some way of using it, or converting it, so that he needn't sell it, or needn't have the chagrin of failing to sell it. But if he made electric power, could he sell that or use it? And to convert into oil was as yet too costly and too elaborate. To keep industry alive there must be more industry, like a madness.
D.H. Lawrence
Estava uma carta da Hilda na bandeja do pequeno-almoço. “Esta semana o pai vai a Londres, e eu chamarei por ti na Quinta-feira, 17 de Junho. Deverás de estar pronto para irmos logo. Não quero perder tempo no Wragby, é um sítio horrível. Eu provavelmente passarei a noite no Retford com a família Colemans, por isso deverei de estar contigo à hora de almoço de Quinta. Podemos depois começar à hora do chá, e talvez dormir em Grantham. Não há necessidade em fazer serão com o Clifford. Se a ele não lhe agrada que vás, não será nenhum prazer para ele.
Portanto! Estava ela a ser de novo empurrada às voltas na mesa de xadrez. Clifford detestava que ela fosse, mas simplesmente porque ele não se sentia seguro na sua ausência. Por qualquer motivo a presença dela fazia-o sentir seguro, e com o à vontade de fazer coisas que o ocupavam. Ele era de grande importância nas minas de carvão, e numa luta interior com os quase desesperados problemas em retirar o seu carvão na mais prestigiosa economia, e depois de retirado, vendê-lo. Ele sabia que tinha de encontrar qualquer forma para o usar, ou convertê-lo, para não precisar de vendê-lo, nem precisar de sentir a dor de fracassar em vendê-lo. Mas, se ele produzisse energia eléctrica, poderia ele vender isso ou usá-lo? E para converter em petróleo era até aqui demasiado dispendioso e demasiado elaborado. Para manter a indústria viva deverá de haver mais indústria, como uma loucura.

Jorge Correia Orfão
Estava uma carta da Hilda na bandeja do pequeno-almoço. “Esta semana o pai vai a Londres, e eu irei buscar-te na Quinta-feira a uma semana, 17 de Junho. Deverás de estar pronto para irmos logo. Não quero perder tempo no Wragby, é um sítio horrível. Eu provavelmente passarei a noite no Retford com a família Colemans, por isso deverei de estar contigo à hora de almoço de Quinta. Podemos depois partir à hora do chá, e talvez dormir em Grantham. Não há necessidade em fazer serão com o Clifford. Se a ele não lhe agrada que vás, não será nenhum prazer para ele.
Portanto! Estava ela a ser de novo empurrada às voltas na mesa de xadrez. Clifford detestava que ela fosse, mas simplesmente porque ele não se sentia seguro na sua ausência. Por qualquer motivo a presença dela fazia-o sentir seguro, e com o à vontade de fazer coisas que o ocupavam. Ele ia com frequência às minas de carvão, e numa luta interior com os quase desesperados problemas em retirar o seu carvão na mais prestigiosa economia, e depois de retirado, vendê-lo. Ele sabia que tinha de encontrar qualquer forma para o usar, ou convertê-lo, para não precisar de vendê-lo, nem precisar de sentir a dor de fracassar em vendê-lo. Mas, se ele produzisse energia eléctrica, poderia ele vender isso ou usá-lo? E para converter em petróleo era até aqui demasiado dispendioso e demasiado elaborado. Para manter a indústria viva deverá de haver mais indústria, como uma loucura.
Jorge Correia Orfão
(reviewed by: Hillary Owen)