Sunday, July 15, 2007

The English Language-Part 1


Initially, English was called Anglo-Saxon or Old English. Normally Anglo-Saxon is used to characterize cultural history after the Renaissance period and its linguistic changes, and Old English is rooted on studies which focus upon the continuing development of the language. When we look at English texts, it becomes obvious that besides the differences we find between Old and nowadays English, there are also many similarities. Most of the differences are based on the use of phonetic symbols unknown in the Latin alphabet. Replacing such characters with letters will turn Anglo-Saxon less frightening. The vocabulary is much closer to present day English if you figure out which prefixes or suffixes have disappeared or find out the words that are not used any more. Since English has a good amount of compound words, you can also break up the words to understand them. The grammar is much more complex to define. Its complexity is due to the fact that Old English was mainly composed with inflections, an importance given at the end of the word. This is the main difficulty for those who want to learn Old English, note that there are more irregular verbs than today.
Celtic was the nature of all English language. Even though the Romans submitted the Celtic there is still no way to understand how much Latin was spoken. Invasions of the Anglo-Saxons vanished with the Celtic, leaving a small number of words in the English language. It is more common to hear these words in Cornwall, Devon, Wales, and Scotland.
After the “dark age” the first manuscripts were written by Roman missionaries. The first texts were translations of Latin words. We can notice with these manuscripts that there were several kinds of spellings. The stronger dialect was Mercian because of its powerful influence in the Middle Ages. Most of Modern English comes from this dialect. The use of Latin by the Anglo-Saxons also had its contribution for English development, just as Scandinavian names because of the Danish settlements.
Letters from the runic alphabet were the first ones to describe Old English and these symbols had a metaphysical meaning. We can find many artefacts with these runic inscriptions. They were mostly used to write secrets like clues to solve up riddles. Many texts were written developing into a whole new way to express the language. As time goes by, it is notable that variations start to appear in Old English. Manuscripts started to disappear so copies were made. With the Peterborough Chronicle we can verifiy changes in the language. The language begins to sound more like present time English. New words come to use and grammar begins to suffer alteration. There are new meanings and sense to words. Symbols that were used to express a sound are quite similar to the modern alphabet, having most of the times the same use. Middle English can be tricky sometimes. Words that have a certain meaning today didn’t necessarily have the same significance before.
Between the 12th and 15th century English started to mutate. On one hand, France had a very strong influence in England, on the other hand, social and politic happenings turned English into the mother tongue of the population. The language has been very well established, no other language could overtake it. Middle English literature started to grow as doors opened for new lexis.
Some Old English and French borrowings were totally lost. Other words grew into Middle English vocabulary, just like Latin had contributed before. This gives the English language the status of a "parallel word system". Irregular structures of Old English began to disappear in substitute to more regular structures. This caused alterations in the spelling and pronunciation as well.
Middle English is marked with a big interest in poetry and prose by intelectuals. It gives us the idea of the language style during this era. By the end of the 15th century the language starts to transforme again, especially how it sounds. The “Great Vowel Shift” gives us a whole new picture of English phonetics. There was refreshment on the way sounds were pronounced. After this linguistic revolution the language continued to change but keeping its basic form.
Just as common, the language varies geografically. The East Midlands’ dialect was the one with more impact in Modern English because of its big amount of population. Among these specific variations in the language we can clearly estable a distinction in what is “standard” and what is “regional”, just as what is correct and what is incorrect.

Tuesday, July 3, 2007

Uma forma de agradecer um amigo virtual

"O que aparece na face e na expressão facial é
uma experiência espiritual imediatamente
vizualizada sem a mediação de palavras."
Eduardo Geada

Olhar a Cidade através do Cinema

Foi explorada a ideia de que a cidade, ou seja, o espaço onde se desenrola qualquer argumento, tem um papel fundamental na sequência total de um filme. Fundamental para o desenvolvimento dessa ideia, foi a análise de filmes como:
“O Gabinete do Dr. Caligari” (Robert Wiene, 1919);
“Berlim, Sinfonia de Uma Capital” (W. Ruttmann, 1927)
“Os Inúteis” (Federico Fellini, 1953).
Na verdade, todo o indivíduo terá tido a experiência de assistir a um filme e, através dele, ser magicamente transportado para o local onde se está a passar a acção. Desta forma, com o poder da imaginação, o espectador vivencía o que cada personagem vive e sente. Considerando que, através do olhar, a imaginação é estimulada, o cinema torna-se numa verdadeira “arte de mostrar”, em que a sociedade se revela nesse grande espelho que é a tela.

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra durante a primeira metade do século XVIII, foi um dos passos marcantes para o desenvolvimento económico, político e social do mundo em geral, e para o crescimento das cidades, em particular. A partir de invenções como a máquina de vapor, as sociedades inauguram a experiência de um novo paradigma vivencial, que pode ser denominado como uma forma modernista de viver. No domínio do cinema, a entrada desse paradigma modernista, tem nos cineastas Lumière e Méliès dois dos vultos mais marcantes que influenciaram a forma como a arte do cinema dá os seus contributos para esse paradigma sócio-económico mais vasto. As suas influências tornam-se indeléveis.

Desde então, cada realizador, enquanto participante activo nesta nova ordem mundial, reflecte na tela a sua realidade, a sua visão do mundo, que não é mais do que a sua visão pessoal (incluindo as suas emoções, sentimentos e ideologias) acerca do que se está a passar no mundo. Esta forma de arte, a que se chama cinema, não é, afinal, outra coisa, senão um testemunho histórico, vivencial e artístico, é certo, mas ainda assim, testemunho das transformações a que vai assistindo ao seu redor e que constitui o objecto primordial do seu trabalho, da sua arte: as obras cinematográficas.

Um filme é, então, para além do entretenimento, um testemunho histórico (a que se poderá chamar documento vivencial) da realidade que vive (o realizador enquanto actor) e que transforma em arte (a obra cinematográfica). De certa forma, então, compreender uma obra cinematográfica, passa por compreender os contextos em que o realizador se move, a visão que ele tem da mesma enquanto sujeito resultando num testemunho histórico (o produto cinematográfico).

A cidade é, desde os gregos, um espaço privilegiado, de interacções, de vivências, de “ateliers de histórias” dos protagonistas mais naturalistas que são os seus habitantes. Não admira, portanto, que obras que reflectem as dinâmicas das cidades (urbes) tenham merecido especial atenção de agentes diversos que quiseram testemunhar formas específicas de encarar a ordem social dominante.

Ao fazer um filme sobre uma cidade, ou se quiseremos, um espaço urbano, o realizador está a dar o seu olhar sobre as interacções que acontecem nesses mesmos espaços. O objecto de eleição de um realizador são as histórias, pois é através delas que ele consegue transmitir algo. E as histórias são vividas por personagens. Ao contar a história de um personagem, o realizador convida-nos a olhar para essa realidade através do olhar desse personagem. E eis que, assim, se desenvolve um processo mágico.

Um realizador, ao invés de nos fornecer um testemunho factual, faz do espectador parte activa do mesmo processo, convidando-o a fazer parte do espaço, do tempo, das experiências dos personagens que retrata. O espectador deixa de ser, então, um espectador passivo e, através do contágio das emoções e experiências dos personagens da história, torna-se participante activo: participante activo porque, por um processo de identificação, vive, experiencia, e “está” no espaço da história, identificando-se com o personagem. Assim, juntos, personagem e espectador, vivem experiências, vivem a cidade e identificam-se nas respostas (quer pelas emoções quer através dos comportamentos) que dão às solicitudes da sociedade que o realizador retrata.

Esta identificação do espectador com o actor despertou o meu interesse para o espaço dramático, olhando para ele como se fosse uma personagem e aprendendo a reconhecê-lo como uma das personagens principais. O filme que escolhi ver com outro olhar como fonte de inspiração para esta minha reflexão cinematográfica – “Lost in Translation/ O Amor é um Lugar Estranho”, de Sofia Coppola (2003). Vencedor de um Óscar da Academia de Hollywood (2004), na categoria de Melhor Argumento Original, “Lost in Translation” é o segundo filme de Sofia, filha do famoso Francis Ford Coppola. Trata-se da história de duas pessoas que não se conhecem e que ao viverem um certo culture – shock devido às suas passagens pela cidade de Tóquio, Japão, acabam por se cruzar e daí nascerá uma forte ligação de amizade e de cumplicidade entre eles. No seguimento do olhar destes dois personagens de Sofia Coppola somos levados a conhecer e a sentir a sensação de estar numa das maiores metrópoles do mundo. Em minha opinião, este filme torna-se num real roteiro turístico de Tóquio, representando bem o conceito de cidade através de uma perspectiva cinematográfica.

Sendo o cinema um reflexo da sociedade em geral, e da cidade, em particular, como foi referido anteriormente, um filme, em última análise, não se limita a contar histórias. Um filme faz história nos espaços. Com a chegada da cidade moderna, surgem mudanças substanciais. E o cinema, que tem como principal objecto de análise a realidade, (re)apresenta-a, com todas as transformações a ela inerentes.

A cidade e o cinema são, portanto, dois documentos históricos (sendo um elemento do outro), tornando-se indissociáveis na sua historicidade.