Quando se desperta num Sábado de manhã, temos sempre aquela sensação de tranquilidade e a ideia de que nos aguarda um dia cheio de coisas relaxantes após a rotina de uma semana de trabalho. Levantamo-nos do nosso ninho de repouso e subimos as persianas deparando-nos com o sol que nos bate no rosto enquanto aquece as nossas almas transmitindo-nos energias, energias ditas positivas. Tais serão necessárias para enfrentarmos a sociedade quando olhamos das nossas janelas para as ruas e quem nelas habitam.
Em pleno século XXI ainda vivemos numa sociedade onde a discriminação está bem acentuada. Todavia, vivemos numa sociedade onde a organização político-económico e social nos trazem confusões e dúvidas em relação às decisões governamentais. Perante a falta de estabilização e a irregularidade de processos de investimento por parte do Poder sentimos hoje, mudanças radicais em todo sistema português. Como exemplo, temos o sistema educacional que em minha opinião, é a base de uma sociedade culta e desenvolvida e que neste momento sentimos que está a ser manipulada, desrespeitando os valores que grandes educadores da nossa história tanto defenderam para uma cultura portuguesa mais rica. Todas estas atrocidades nos trazem insegurança principalmente quando somos confrontados com a alta taxa de desemprego e criminalidade existentes na nossa sociedade. A criminalidade abrange vários actos e contextos numa dimensão 3D. O sistema jurídico desenvolve-se estabelecendo leis que nos dizem o que é crime e o que não o é, por vezes ultrapassando os valores éticos e morais das pessoas e sem a menor consideração pelos ideias conquistados desde a Revolução Francesa: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Contudo, todo o seu rigor não nos livra de pequenos crimes que ocorrem nas ruas, como assaltos e outros bem mais perversos que nos aterrorizam na luta do nosso dia-a-dia. Os agentes tentam-nos proteger e acreditamos que o combate à criminalidade esteja sempre nos seus planos para a contribuição do nosso bem-estar em comunidade. Apesar dos esforços, os agentes do nosso país são eles também, vítimas de uma falta de rigorisidade na sua organização.
Quando num Sábado à noite saímos para tomar uns copos e apaguizar toda aberração que se vive diariamente com os resultados do nosso poder institucional. Quando tentamos preservar o optimismo que nos acompanha através do diálogo e da convivência humana e tal conforto é retirado com a presença de membros da nossa Segurança Portuguesa, com aspecto de embriagados a divertirem-se à procura de quem fuma ou não drogas leves, até podíamos pensar o quanto estamos seguros na boémia portuguesa. Ridículo é quando saímos desse espaço público e reparamos que ocorram assaltos a viaturas, a pessoas e até a habitações, sem referir outros crimes de maior intensidade que acontecem todos os dias nas ruas onde vivemos, trabalhamos, enfim onde procuramos a afirmação para uma maior qualidade de vida. Pois! Não se encontra nenhum agente nem qualquer outra intervenção por parte deles. Lamentável é termos que julgar qual é o crime mais perigoso, entre fumar um "charro" ou colocar a segurança pública em risco através de roubos e agressões. Quem são os verdadeiros criminosos? Os que estão dentro do bar ou os que estão cá fora? De certo que os que estavam a fumar enquanto descontraíam, não tencionavam saír do bar e vandalizar a segurança pública nem pessoal. Também duvido que os verdadeiros criminosos quisessem entrar num local fechado onde existe a sua própria segurança e que protege os clientes que frequentam o respectivo espaço. Creio que o maior problema é saber quem são os agentes que nos vão proteger nas ruas das nossas cidades.