Tuesday, October 23, 2007

Natureza da Literatura

Resumo do Capítulo II da Teoria da Literatura segundo R. Wellek e A. Warren, Teoria da Literatura, 5ªed, Lisboa, Publ. Europa-América
O capítulo II da Teoria da Literatura segundo René Wellek e Austin Warren intitula-se: “Natureza da Literatura” e tem como principal objectivo, definir o objecto da investigação literária ou seja, aquilo que se pode considerar literatura e aquilo que simplesmente não é literário. Inicialmente os autores apresentam duas perspectivas para uma possível definição de literatura: a primeira é fundamentada a partir da teoria de Edwin Greenlaw que identifica a literatura com a história da civilização. A segunda consiste em reconhecer a literatura como os “grandes livros”, “notáveis pela sua forma ou expressão literária”. Quer isto dizer que existem fundamentos estéticos essenciais que determinam aquilo que é literatura tendo como base, características tais como, o estilo, a composição e a forma geral de apresentação.
Como estarão de acordo, podemos ter em conta o sentido etimológico da palavra “Literatura”, mas de acordo com Wellek e Warren, tal induz um erro porque a sugestão da etimologia de “litera” limita-se à literatura escrita ou impressa, pondo de parte a questão da oralidade. No entanto, é com a própria linguagem que se torna mais clara a natureza da literatura. Assim, os autores neste capítulo introduzem as principais diferenças entre o uso diário, científico e literário da linguagem. Torna-se em algo que não é simples na prática, uma vez que a literatura ao contrário das outras artes, não tem meios de expressão próprios e existem variadas formas para a sua utilização.
Linguagem científica: é “denotativa”, visa a uma correspondência de um para um entre o signo e a coisa significada; o signo é arbitrário pois tende a ser substituído por outros sinais equivalentes; o signo é transparente dirigindo a nossa atenção inequivocamente sobre a coisa referida; está inclinada para um sistema de signos tal como a matemática ou a lógica simbólica.
Linguagem literária: é ambígua, cheia de homónimos e de categorias arbitrárias ou irracionais como o género gramatical; é “conotativa”, não é apenas referencial pois é expressiva comunicando o tom e a atitude do orador/escritor; não se limita a afirmar e a exprimir pois quer influenciar a atitude do leitor, persuadi-lo e modificá-lo; o simbolismo sonoro da palavra é acentuado dando origem ao metro, à aliteração e às sessituras sonoras; acentua o grau de consciente realce do próprio signo; é pragmática; manifesta-se uma “personalidade”; pode haver uma conversão estabelecida: a linguagem faz poesia por ele.
Linguagem diária: não é uniforme: inclui largas variedades como a linguagem coloquial, a linguagem do comércio, a linguagem oficial, a linguagem da religião, o calão; tem também a sua função expressiva, embora esta possa variar; está repleta dos irracionalísmos e das mudanças contextuais da linguagem histórica; pretende atingir resultados, influenciar acções e atitudes mas, não se limita apenas à comunicação.
Comparando a linguagem literária com a linguagem de todos os dias, transparece uma distinção pragmática entre ambas. A linguagem diária é rotulada como simples retórica em que se verifica uma “contemplação desinteressada”, uma “distância estética” ao passo que, na linguagem literária há um “enquadramento” e determina-se pela sua “função estética”. Tendo em conta a “referência” relaciona-se o mundo literário com a ficção e a imaginação. Os seus traços característicos são precisamente a “ficcionalidade”, a “invenção” ou a “imaginação”, o que lança a concepção descritiva da literatura.
E. Wellek e A. Warren concluem o capítulo acerca da natureza literária fazendo uma breve distinção entre literatura e não literatura: a organização; a expressão pessoal; a realização; a exploração do meio de comunicação; a ausência de objecto prático; a ficcionalidade. Resume-se que “uma obra de arte literária não é um simples objecto, mas antes uma organização altamente complexa, de carácter estratificado, com múltiplos significados e relacionações”.

Sunday, July 15, 2007

The English Language-Part 1


Initially, English was called Anglo-Saxon or Old English. Normally Anglo-Saxon is used to characterize cultural history after the Renaissance period and its linguistic changes, and Old English is rooted on studies which focus upon the continuing development of the language. When we look at English texts, it becomes obvious that besides the differences we find between Old and nowadays English, there are also many similarities. Most of the differences are based on the use of phonetic symbols unknown in the Latin alphabet. Replacing such characters with letters will turn Anglo-Saxon less frightening. The vocabulary is much closer to present day English if you figure out which prefixes or suffixes have disappeared or find out the words that are not used any more. Since English has a good amount of compound words, you can also break up the words to understand them. The grammar is much more complex to define. Its complexity is due to the fact that Old English was mainly composed with inflections, an importance given at the end of the word. This is the main difficulty for those who want to learn Old English, note that there are more irregular verbs than today.
Celtic was the nature of all English language. Even though the Romans submitted the Celtic there is still no way to understand how much Latin was spoken. Invasions of the Anglo-Saxons vanished with the Celtic, leaving a small number of words in the English language. It is more common to hear these words in Cornwall, Devon, Wales, and Scotland.
After the “dark age” the first manuscripts were written by Roman missionaries. The first texts were translations of Latin words. We can notice with these manuscripts that there were several kinds of spellings. The stronger dialect was Mercian because of its powerful influence in the Middle Ages. Most of Modern English comes from this dialect. The use of Latin by the Anglo-Saxons also had its contribution for English development, just as Scandinavian names because of the Danish settlements.
Letters from the runic alphabet were the first ones to describe Old English and these symbols had a metaphysical meaning. We can find many artefacts with these runic inscriptions. They were mostly used to write secrets like clues to solve up riddles. Many texts were written developing into a whole new way to express the language. As time goes by, it is notable that variations start to appear in Old English. Manuscripts started to disappear so copies were made. With the Peterborough Chronicle we can verifiy changes in the language. The language begins to sound more like present time English. New words come to use and grammar begins to suffer alteration. There are new meanings and sense to words. Symbols that were used to express a sound are quite similar to the modern alphabet, having most of the times the same use. Middle English can be tricky sometimes. Words that have a certain meaning today didn’t necessarily have the same significance before.
Between the 12th and 15th century English started to mutate. On one hand, France had a very strong influence in England, on the other hand, social and politic happenings turned English into the mother tongue of the population. The language has been very well established, no other language could overtake it. Middle English literature started to grow as doors opened for new lexis.
Some Old English and French borrowings were totally lost. Other words grew into Middle English vocabulary, just like Latin had contributed before. This gives the English language the status of a "parallel word system". Irregular structures of Old English began to disappear in substitute to more regular structures. This caused alterations in the spelling and pronunciation as well.
Middle English is marked with a big interest in poetry and prose by intelectuals. It gives us the idea of the language style during this era. By the end of the 15th century the language starts to transforme again, especially how it sounds. The “Great Vowel Shift” gives us a whole new picture of English phonetics. There was refreshment on the way sounds were pronounced. After this linguistic revolution the language continued to change but keeping its basic form.
Just as common, the language varies geografically. The East Midlands’ dialect was the one with more impact in Modern English because of its big amount of population. Among these specific variations in the language we can clearly estable a distinction in what is “standard” and what is “regional”, just as what is correct and what is incorrect.

Tuesday, July 3, 2007

Uma forma de agradecer um amigo virtual

"O que aparece na face e na expressão facial é
uma experiência espiritual imediatamente
vizualizada sem a mediação de palavras."
Eduardo Geada

Olhar a Cidade através do Cinema

Foi explorada a ideia de que a cidade, ou seja, o espaço onde se desenrola qualquer argumento, tem um papel fundamental na sequência total de um filme. Fundamental para o desenvolvimento dessa ideia, foi a análise de filmes como:
“O Gabinete do Dr. Caligari” (Robert Wiene, 1919);
“Berlim, Sinfonia de Uma Capital” (W. Ruttmann, 1927)
“Os Inúteis” (Federico Fellini, 1953).
Na verdade, todo o indivíduo terá tido a experiência de assistir a um filme e, através dele, ser magicamente transportado para o local onde se está a passar a acção. Desta forma, com o poder da imaginação, o espectador vivencía o que cada personagem vive e sente. Considerando que, através do olhar, a imaginação é estimulada, o cinema torna-se numa verdadeira “arte de mostrar”, em que a sociedade se revela nesse grande espelho que é a tela.

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra durante a primeira metade do século XVIII, foi um dos passos marcantes para o desenvolvimento económico, político e social do mundo em geral, e para o crescimento das cidades, em particular. A partir de invenções como a máquina de vapor, as sociedades inauguram a experiência de um novo paradigma vivencial, que pode ser denominado como uma forma modernista de viver. No domínio do cinema, a entrada desse paradigma modernista, tem nos cineastas Lumière e Méliès dois dos vultos mais marcantes que influenciaram a forma como a arte do cinema dá os seus contributos para esse paradigma sócio-económico mais vasto. As suas influências tornam-se indeléveis.

Desde então, cada realizador, enquanto participante activo nesta nova ordem mundial, reflecte na tela a sua realidade, a sua visão do mundo, que não é mais do que a sua visão pessoal (incluindo as suas emoções, sentimentos e ideologias) acerca do que se está a passar no mundo. Esta forma de arte, a que se chama cinema, não é, afinal, outra coisa, senão um testemunho histórico, vivencial e artístico, é certo, mas ainda assim, testemunho das transformações a que vai assistindo ao seu redor e que constitui o objecto primordial do seu trabalho, da sua arte: as obras cinematográficas.

Um filme é, então, para além do entretenimento, um testemunho histórico (a que se poderá chamar documento vivencial) da realidade que vive (o realizador enquanto actor) e que transforma em arte (a obra cinematográfica). De certa forma, então, compreender uma obra cinematográfica, passa por compreender os contextos em que o realizador se move, a visão que ele tem da mesma enquanto sujeito resultando num testemunho histórico (o produto cinematográfico).

A cidade é, desde os gregos, um espaço privilegiado, de interacções, de vivências, de “ateliers de histórias” dos protagonistas mais naturalistas que são os seus habitantes. Não admira, portanto, que obras que reflectem as dinâmicas das cidades (urbes) tenham merecido especial atenção de agentes diversos que quiseram testemunhar formas específicas de encarar a ordem social dominante.

Ao fazer um filme sobre uma cidade, ou se quiseremos, um espaço urbano, o realizador está a dar o seu olhar sobre as interacções que acontecem nesses mesmos espaços. O objecto de eleição de um realizador são as histórias, pois é através delas que ele consegue transmitir algo. E as histórias são vividas por personagens. Ao contar a história de um personagem, o realizador convida-nos a olhar para essa realidade através do olhar desse personagem. E eis que, assim, se desenvolve um processo mágico.

Um realizador, ao invés de nos fornecer um testemunho factual, faz do espectador parte activa do mesmo processo, convidando-o a fazer parte do espaço, do tempo, das experiências dos personagens que retrata. O espectador deixa de ser, então, um espectador passivo e, através do contágio das emoções e experiências dos personagens da história, torna-se participante activo: participante activo porque, por um processo de identificação, vive, experiencia, e “está” no espaço da história, identificando-se com o personagem. Assim, juntos, personagem e espectador, vivem experiências, vivem a cidade e identificam-se nas respostas (quer pelas emoções quer através dos comportamentos) que dão às solicitudes da sociedade que o realizador retrata.

Esta identificação do espectador com o actor despertou o meu interesse para o espaço dramático, olhando para ele como se fosse uma personagem e aprendendo a reconhecê-lo como uma das personagens principais. O filme que escolhi ver com outro olhar como fonte de inspiração para esta minha reflexão cinematográfica – “Lost in Translation/ O Amor é um Lugar Estranho”, de Sofia Coppola (2003). Vencedor de um Óscar da Academia de Hollywood (2004), na categoria de Melhor Argumento Original, “Lost in Translation” é o segundo filme de Sofia, filha do famoso Francis Ford Coppola. Trata-se da história de duas pessoas que não se conhecem e que ao viverem um certo culture – shock devido às suas passagens pela cidade de Tóquio, Japão, acabam por se cruzar e daí nascerá uma forte ligação de amizade e de cumplicidade entre eles. No seguimento do olhar destes dois personagens de Sofia Coppola somos levados a conhecer e a sentir a sensação de estar numa das maiores metrópoles do mundo. Em minha opinião, este filme torna-se num real roteiro turístico de Tóquio, representando bem o conceito de cidade através de uma perspectiva cinematográfica.

Sendo o cinema um reflexo da sociedade em geral, e da cidade, em particular, como foi referido anteriormente, um filme, em última análise, não se limita a contar histórias. Um filme faz história nos espaços. Com a chegada da cidade moderna, surgem mudanças substanciais. E o cinema, que tem como principal objecto de análise a realidade, (re)apresenta-a, com todas as transformações a ela inerentes.

A cidade e o cinema são, portanto, dois documentos históricos (sendo um elemento do outro), tornando-se indissociáveis na sua historicidade.

Thursday, March 15, 2007


“As many languages as he has,

as many friends, as many arts and trades,

so many times is he a man"

Carta Ao Jovem Poeta

dedicada a Cristina e Márcia com muito respeito e carinho

“Se a tentação que sente é irresistível de escrevê-los (os poemas), se não procura a fama ou o proveito, se a dor maior de escrevê-los só se cura com a dor maior de escrever outros, se se sente vazio e triste quando eles são escritos, e sofre de sentir-se vazio quando vai escrevê-los e não sabe nunca o que vai escrever, e acha horrível tudo o que escreveu mas não é capaz de destruí-lo, então publique-os, publique-os sempre.”
Jorge de Sena

As ruas preenchidas com cartazes anunciando bailes de máscaras, serpentinas que acompanham os ventos, as crianças fantasiadas com fatos hilariantes, os desfiles, as cores, os risos, o samba, enfim uma festa de boa disposição saliente entre as pessoas indica-nos que chegou o Carnaval. São imensas as imagens que cada um de nós pode ter quando se fala nesta festa de Fevereiro. Os meios de comunicação transmitem nos toda a celebração do grandioso Carnaval vivido no Brasil, tal como há sempre alguém que invoque ou prefira festejar este dia em Veneza vivendo o espírito da tradição das suas máscaras. Toda a gente terá tido a experiência de ouvir os mais idosos a recordar as travessuras que neste dia aparentavam ser consentidas e mesmo os contos e mitos do Carnaval contados por eles são todas imagens, entre outras, que podemos ter acerca do Carnaval. Material não falta para escrever um poema sobre esta época festiva mas, existirá alguém capaz de o fazer? Todas as imagens que temos e que nos ocorrem na realidade do dia-a-dia, serão suficientes para expressar em palavras a sua descrição física ou psicológica, seja ela qual for? Quem tem o direito de escrever, quem pode escrever e como pode escrever foram questões que no Domingo de Carnaval, num pequeno encontro de amigos em Santo Tirso foram levantadas após uma brilhante recitação-surpresa de dois poemas inéditos de dois autores contemporâneos de poesia portuguesa. Desde já o meu agradecimento pelo convite e por toda a hospitalidade que tive direito durante todo o convívio.
As conclusões às questões que anteriormente referi foram curtas uma vez que este tema exige mais tempo de reflexão. Tivemos que admitir que qualquer sujeito pode escrever. A escrita é uma forma de comunicar e transmitir emoções, sensações, uma forma de expressar o que nos vem na alma. Esta pode desenvolver-se da simplicidade até à complexidade. Devemos talvez pensar que cada pessoa se expressa sob diferentes condições poéticas. Existem escritores que escrevem desde sempre e naturalmente fazem crescer as suas práticas para se expressar ou fazer-se expressar. Outros começam mais tarde quando se descobrem ou porque dedicaram algum tempo para desenvolver as suas capacidades. Escrever é uma forma de registar os nossos pensamentos e com as palavras podemos fazer grandes obras de arte. A forma mais eficaz de encarar a arte de escrever é através da leitura. Embora cada vez existam mais leitores e mais iniciativas que promovem o acto de leitura, ainda são poucos os leitores de poesia.
Saber apreciar um bom texto é como saber saborear uma taça requintada de champanhe. Compreender aquilo que é literário de aquilo que não o é torna-se fundamental para jovens escritores. A materialidade da linguagem torna-se vulnerável e nós brincamos com a sua flexibilidade para melhor nos entender no mundo ou pelo contrário, para melhor nos perdermos nele. Este ano a imagem que trago do Carnaval serão as palavras declamadas por duas pessoas significativas nos meus afectos. Ambas marcaram o dia ao partilharem a sua condição poética, as suas formas de encarar a realidade, neste caso talvez mesmo o extremo máximo do Amor. Assim, mediante a maturação de cada um somos todos uns poetas mascarados como se todos os dias fossem dias de Carnaval… Como se todos os dias fossem motivo de cantar.

Thursday, February 8, 2007

Porque hoje está a chover lembrei-me...

"Que llueva, que llueva
la virgen de la cueva,
los pajaritos cantan,
las nubes se levantan
que si, que no
que caiga un chaparron
al medio de la estación,
que rompa los cristales
y los mios no"

Wednesday, February 7, 2007

Uma Crítica Social Denuncia A Segurança Pública

Quando se desperta num Sábado de manhã, temos sempre aquela sensação de tranquilidade e a ideia de que nos aguarda um dia cheio de coisas relaxantes após a rotina de uma semana de trabalho. Levantamo-nos do nosso ninho de repouso e subimos as persianas deparando-nos com o sol que nos bate no rosto enquanto aquece as nossas almas transmitindo-nos energias, energias ditas positivas. Tais serão necessárias para enfrentarmos a sociedade quando olhamos das nossas janelas para as ruas e quem nelas habitam.
Em pleno século XXI ainda vivemos numa sociedade onde a discriminação está bem acentuada. Todavia, vivemos numa sociedade onde a organização político-económico e social nos trazem confusões e dúvidas em relação às decisões governamentais. Perante a falta de estabilização e a irregularidade de processos de investimento por parte do Poder sentimos hoje, mudanças radicais em todo sistema português. Como exemplo, temos o sistema educacional que em minha opinião, é a base de uma sociedade culta e desenvolvida e que neste momento sentimos que está a ser manipulada, desrespeitando os valores que grandes educadores da nossa história tanto defenderam para uma cultura portuguesa mais rica. Todas estas atrocidades nos trazem insegurança principalmente quando somos confrontados com a alta taxa de desemprego e criminalidade existentes na nossa sociedade. A criminalidade abrange vários actos e contextos numa dimensão 3D. O sistema jurídico desenvolve-se estabelecendo leis que nos dizem o que é crime e o que não o é, por vezes ultrapassando os valores éticos e morais das pessoas e sem a menor consideração pelos ideias conquistados desde a Revolução Francesa: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Contudo, todo o seu rigor não nos livra de pequenos crimes que ocorrem nas ruas, como assaltos e outros bem mais perversos que nos aterrorizam na luta do nosso dia-a-dia. Os agentes tentam-nos proteger e acreditamos que o combate à criminalidade esteja sempre nos seus planos para a contribuição do nosso bem-estar em comunidade. Apesar dos esforços, os agentes do nosso país são eles também, vítimas de uma falta de rigorisidade na sua organização.
Quando num Sábado à noite saímos para tomar uns copos e apaguizar toda aberração que se vive diariamente com os resultados do nosso poder institucional. Quando tentamos preservar o optimismo que nos acompanha através do diálogo e da convivência humana e tal conforto é retirado com a presença de membros da nossa Segurança Portuguesa, com aspecto de embriagados a divertirem-se à procura de quem fuma ou não drogas leves, até podíamos pensar o quanto estamos seguros na boémia portuguesa. Ridículo é quando saímos desse espaço público e reparamos que ocorram assaltos a viaturas, a pessoas e até a habitações, sem referir outros crimes de maior intensidade que acontecem todos os dias nas ruas onde vivemos, trabalhamos, enfim onde procuramos a afirmação para uma maior qualidade de vida. Pois! Não se encontra nenhum agente nem qualquer outra intervenção por parte deles. Lamentável é termos que julgar qual é o crime mais perigoso, entre fumar um "charro" ou colocar a segurança pública em risco através de roubos e agressões. Quem são os verdadeiros criminosos? Os que estão dentro do bar ou os que estão cá fora? De certo que os que estavam a fumar enquanto descontraíam, não tencionavam saír do bar e vandalizar a segurança pública nem pessoal. Também duvido que os verdadeiros criminosos quisessem entrar num local fechado onde existe a sua própria segurança e que protege os clientes que frequentam o respectivo espaço. Creio que o maior problema é saber quem são os agentes que nos vão proteger nas ruas das nossas cidades.