Wednesday, February 11, 2009

Oscar Wilde Translation

"I suppose you have heard the news, Basil?" said Lord Henry that evening, as Basil Hallward was shown into a little private room at the Bristol where dinner had been set for three.
"No, Harry", answered the artist, giving his hat and coat to the waiter. "What is it? Nothing about politics, I hope?" They don't intrest me. There is hardly a single person in the Government worth painting. (...).
"Dorian Gray is engaged to be married," said Lord Henry, watching him as he spoke.
Hallward started, and then frowned. "Dorian engaged to be married!" he cried. "Impossible!"
"It is perfectly true."
"To whom?"
"To some little actress or other."
"Dorian is far too wise not to do foolish things now and then, my dear Basil."
"Marriage is not really a thing that one can do now and then, Harry."
"Except in America", replied Lord Henry, calmly. "But I didn't say he was married. I said he was engaged to be married. There is a great difference. I have a distinct remembrance of being married but I have no recollection at all of being engaged. I am inclined to think I never was engaged."
"But think Dorian's birth, and position, and wealth. It would be absurd for him to marry so much beneath him."
"If you want to make him marry this girl tell him that, Basil. He is sure to do it, then. Whenever a man does a thoroughly stupid thing, it is always from the noblest motives."
"I hope the girl is good, Harry. I don't want to see Dorian tied to some vile creature, who might degrade his nature and ruin his intellect."
"Oh, she is better than good - she is beautiful," murmured Lord Henry, sipping a glass of Port. "Dorian says she is beautiful; and he is not often wrong about things of that kind. Your portrait of him has improved his appreciation of the personal appearance of other people. It has had that excellent effect, amongst others. We are going to see her tonight, if Dorian doesn't forget his appointment."


Adapted from Oscar Wilde, The Picture Of Dorian Gray
“Suponho que já ouviste a notícia, Basil?” disse Lord Henry naquele final de tarde, enquanto Basil Hallward era conduzido a uma salinha privada no Bristol, onde a mesa de jantar estava posta para três.
“Não, Harry”, respondeu o artista, dando o seu chapéu e casaco ao empregado de mesa. “O que é? Nada sobre políticas, espero?” Elas não me interessam. Não há sequer uma única pessoa no Governo que valha a pena pintar. (…).
“Dorian Gray está comprometido para casar,” disse Lord Henry, olhando para ele enquanto falava.
Hallward sobresaltou-se, e depois franziu. “Dorian Gray comprometido para casar!” suspirou ele. “Impossível!”
“É perfeitamente verdade.”
“Com quem?”
“Com uma actriz qualquer ou assim.”
“Dorian é demasiado esperto para não fazer tontices de vez em quando, meu querido Basil.”
“Casamento não é bem algo que se faça de vez em quando, Harry”
“Excepto na América”, respondeu Lord Henry, calmamente. “Mas eu não disse que ele estava casado. Eu disse que estava comprometido para casar. Há uma grande diferença. Eu tenho uma vaga ideia de estar casado, mas não tenho qualquer recordação em estar comprometido. Estou inclinado a pensar que eu nunca estive comprometido. “Mas pensa no nascimento, e na posição, e na saúde de Dorian. Seria um absurdo ele casar tão inferior a ele.”
“Se queres que ele case com esta rapariga diz-lhe isso, Basil. Ele fá-lo-á, então. Sempre que um homem faz algo completamente estúpido, advém sempre dos motivos mais nobres.”
“Eu espero que seja boa moça, Harry. Não quero ver o Dorian amarado a qualquer criatura baixa, quem poderá denegrir a natureza dele e arruinar a sua intelectualidade.”
“Oh, ela é a melhor das melhores – ela é linda,” murmurou Lord Henry, bebendo um pequeno gole do copo do Porto. “Dorian disse que ela é bonita; e ele normalmente não se engana acerca de assuntos desse género. O teu retrato dele tem melhorado a apreciação dele da aparência pessoal sobre as outras pessoas. Tem tido esse excelente efeito entre as pessoas. Nós vamos vê-la esta noite, caso o Dorian não se esqueça da sua marcação.”
Jorge Correia Orfão

Friday, February 6, 2009

Najat El Hachmi Review

La novela L'últim patriarca, con la que Najat El Hachmi (Nador, Marruecos, 1979) ganó el XXVIII Premi de les Lletres Catalanes Ramon Llull 2008 [...] narra los enfrentamientos entre un inmigrantemarroquí y su hija adolescente por sus diferentes maneras de concebir eintegrarse en la realidad que les rodea en Cataluña.Según explicó El Hachmi el día en que ganó el premio, la obra refleja los"contrastes" entre padre e hija que se ven "amplificados" por el cambio cultural que han sufrido al pasar de vivir en Marruecos a hacerlo en una capital comarcal catalana. La hija no sólo "se tiene que enfrentar" a su padre -que tiene "un peso específico" en su vida-, sino que intenta encontrar su "libertad personal" y su "lugar en el mundo".El protagonista, Mimoun Driouch, es un inmigrante marroquí que pasó de seralbañil a pequeño constructor en una capital de comarca y que, tras distanciarse durante años de su familia, pide el reagrupamiento familiar para vivir con su esposa e hijos en Cataluña. Su "doble moral" la sufre su hija -cuyo nombre no se cita en ningún momento- cuando llega a la adolescencia.